O Inventor de Sonhos | Website Oficial

Não é um filme histórico... É a história de pessoas que vivenciaram esta época.



O Filme

O inventor de sonhos

Quem não tem origem...
não sabe o seu destino

O INVENTOR DE SONHOS é a saga um menino brasileiro orfão e mulato que procura o pai, entre 1808 e 1821. A narrativa resvala nos grandes acontecimentos desse período , como um FOREST GUMP do século XIX, onde  história e personagens sofrem muitas reviravoltas.


O SITE

Esse site tem como objetivo ampliar a experiência "FILME", tornando o projeto uma plataforma de entretenimento e conhecimento.
Nele você aprenderá sobre o século XIX,  sobre o contexto e as pessoas da época, tendo acesso a uma parte do material pesquisado para se realizar o filme.
Aprenderá sobre o processo de filmagem, a reconstrução digital do Rio de Janeiro, o antes e o depois, e será convidado para atividades interativas, como o QUIZ cultural e o concurso de Grafite.
Cada fotografia ou seção traz consigo uma boa carga de informação para que você navegue aprendendo.
AS SEÇÕES SERÃO COLOCADAS NO AR AOS POUCOS E ATÉ A ESTREIA ESTAREMOS COMPLETOS. Assim, a cada semana uma novidade.
Bem vindo!

O PONTO DE PARTIDA DO PROJETO

Quando em 2008 a cidade do Rio de Janeiro quis comemorar 200 anos da chegada da Familia Real no Brasil, verificou-se que não existia documentos audiovisuais para se comunicar a nossa História e Cultura de forma simples e atrativa. O projeto O INVENTOR DE SONHOS foi imaginado como um esforço maior, como uma plataforma de conhecimento onde o filme é uma parte. Com a crescente participação da WEB nas nossas vidas, o projeto incorpora um portal através do qual o público, estimulado pelo filme pode se aprofundar no assunto através de links e de ações interativas. Dessa forma estimula-se a cultura e se amplia a experiência “filme”… Constroi-se uma plataforma maior de divulgação tanto do filme quanto do assunto… constroi-se uma plataforma de educação e entretenimento.

A HISTÓRIA

Em 1796, fugindo da Revolução Francesa, aportaram no Brasil dois franceses. Jean Louis Pascal e Egbert Lescot. Jean Louis era na verdade um português educado na França, o único dos dois com direito legal de aqui permanecer, já que o Brasil daqueles tempos era vedado a estrangeiros. Egbert era um imigrante ilegal, artista de teatro mambembe, boêmio por natureza, que logo iria se encantar pela pele morena das escravas africanas, que desconhecia por completo. Não tardaria em se aboletar nas curvas sinuosas de Dindara, uma negra doméstica de rara beleza, que dele engravidaria. Em maio de 1797 nasce um menino mulato, José Trazimundo. Não teve tempo nem de ser ninado. O pai sumiu.   O INVENTOR DE SONHOS é  a história de José Trazimundo, um garoto mestiço em busca de suas origens, em busca do pai, que acredita chegar com a corte portuguesa fugida das invasões napoleônicas... Ao longo dos treze anos de permanência da corte no Brasil, a procura sofre reviravoltas, até a revelação final, de origem surpreendente.

O CONTEXTO

Em 1807, Napoleão Bonaparte imperava na Europa conquistando territórios, ampliando o império francês, procurando isolar a Inglaterra da esfera do poder. O curso de suas conquistas não tardariam em bater nas portas de Portugal. O príncipe regente D. João, no sentido de evitar o incômodo de se tornar uma nação conquistada, imaginou (ou foi forçado a imaginar) uma solução ímpar na geopolítica da época. Premido entre a França (que havia imposto um bloqueio continental aos ingleses) e a Inglaterra ( que precisava manter algum ponto do planeta para comprar e escoar seus produtos) era preciso uma saída. O raciocínio era simples: não se conquistando o rei não se conquistaria o reino. Transferiu-se com toda a corte para o Brasil (colônia de Portugal na época) tranformando uma simples possessão tropical na sede do Império Português. FOI UM CHOQUE! Foi um caso único da História, todo um reino se transferiu da Europa para a América do Sul, transformando a metrópole em colônia e vice versa.   A invasão napoleônica da Península Ibérica em 1807, no contexto do Bloqueio Continental contra os ingleses, proporcionou um fato extraordinário: a transferência para o Brasil de todo aparelho burocrático da corte portuguesa. Aos trópicos chegam também, no início de 1808, o príncipe D. João, a família real de Portugal e centenas de nobres lusitanos. O Rio de Janeiro, capital da colônia, recebeu a corte e se transformou na única cidade das Américas a ser a sede de uma monarquia européia. É claro que a chegada da corte alterou profundamente a economia, a política, a sociedade e a cultura da colônia. D. João, para garantir o abastecimento do Brasil, decretou a abertura dos portos às nações amigas, estabelecendo o livre comércio. Assinou, também, os tratados de 1810 com a Inglaterra, que garantiam a entrada de produtos ingleses em portos brasileiros com tarifas privilegiadas. Subitamente, o Brasil se vê inundado de produtos britânicos. A sociedade continuava profundamente escravocrata. O mercado de escravos do Rio de Janeiro recebia levas de africanos, oriundos em geral das regiões do Congo e de Angola. Com eles, nos porões dos navios negreiros, as referências culturais africanas também chegavam, influenciando o idioma, a culinária, os gestos e o gosto musical dos que viviam aqui. Para adequar o Rio à condição de sede da Monarquia, inúmeras obras foram feitas. Drenagem de pântanos; abertura de ruas; criação de órgãos culturais como a Biblioteca Real, a Escola Régia de Música, a Escola de Belas Artes e o Teatro Real; o estabelecimento do ensino superior na colônia; a criação de ministérios; o surgimento de instituições como a Polícia Militar; tudo isso marcou profundamente a sociedade colonial naqueles anos. Neste contexto de profundas e impactantes transformações, foram lançadas as bases para que, em 1822, o Brasil proclamasse a independência em relação a Portugal. Mais do que um período de mudanças, portanto, a Era Joanina criou condições, ao proporcionar um desenvolvimento interno significativo, para que o Brasil, com todas as contradições advindas desse processo, começasse a grande aventura de construir um Estado Nacional autônomo na América do Sul.

A INSPIRAÇÃO

Mais que tudo O INVENTOR DE SONHOS é um pretexto para mergulharmos no século XIX, e observar o ambiente da época, seu entorno e personagens, como se fossemos um deles... dessa forma não há sotaque e a linguagem é quase contemporânea. A estrela é a cidade, a arquitetura, as pessoas. A ferramenta principal são os olhos do personagem José Trazimundo que descreve com uma visão popular como era a vida no século XIX  America do Sul.

O ELENCO

Zé Trazimundo – Icaro Silva
Aristides – Stênio Garcia
Timóteo – Luis Carlos Vasconcelos
Artur Vilaça – Ricardo Blat
Eustáquio – Roberto Bonfim
Iaínha – Sharon Menezzes
Duque de Alva – Sergio Mamberti
Laura Leonor – Guilhermina Guinle
Luis Bernardo – Miguel Thiré
Zé Trazimundo menino – Miguel Oliveira
Luis Bernardo menino – Igor Rudolph
Sarraceno – Edmilson Barros
Libório – Emilio Orciollo Neto
Norma Thierry – Leticia Spiller
Matilda – Debora Nascimento
D. Pedro – Luis Fernando Alves Pinto
Gumô – Lui Mendes
Dona Anelena – Catarina Abdala
Jean Louis – Michel Berkovitz
Pedro Américo – Oswaldo Mill
Chalassa – Guilherme Piva
John Bradlock – Ricardo Petraglia

A FICHA TÉCNICA

Direção - RICARDO NAUENBERG
Direção de arte - DANIEL FLAKSMAN
Figurino - MARIBEL ESPINOSA
Fotografia - RODRIGO MONTE
Produção executiva - RICARDO NAUENBERG
Som - IAN SALDANHA
Mixagem - RODRIGO NORONHA
Edição - RICARDO NAUENBERG, EDUARDO HARTUNG , LETICIA GIFFONI
Trilha sonora - DADO VILA LOBOS, VITOR BIGLIONI, EDUARDO QUEIROZ
Preparação de elenco - ERNESTO PICCOLO, GUIDA VIANNA
Roteiro - RICARDO NAUENBERG, ADRIANA FALCÃO
Computação gráfica - TONI CID

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

- Gomes, Laurentino. 1808. Planeta, 2007. 
- Lima, Oliveira. D. João VI no Brasil. Toopbooks, 1996. 
- Lustosa, Isabel. D. Pedro I. Companhia das Letras, 2006. 
- Schwarcz, Lília Moritz; Azevedo, Paulo Cesar de & Costa, Angela Marques da. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à independência do Brasil. Companhia das Letras, 2002. 
- Pedreira, Jorge e Costa, Fernando Dores. D. João VI: um príncipe entre dois continentes. Companhia das Letras, 2008. 
- Wilcken, Patrick. Império à deriva: a corte portuguesa no Rio de Janeiro, 1808-1821. Editora Objetiva, 2005.