O Inventor de Sonhos | Website Oficial

Não é um filme histórico... É a história de pessoas que vivenciaram esta época.



Alguns Personagens

Nesta página vocês conhecerão  os personagens do filme, com imagens e filmes curtos de trinta segundos descritivos de cada um.


CADA PERSONAGEM É REPRESENTATIVO DOS TIPOS QUE VIVIAM NO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX ...


Para saber quem são os atores e qual a personalidade de cada um, segue algumas informações! 

O INVENTOR DE SONHOS é a história de um garoto negro em busca de suas origens, em busca do pai que chega com a corte portuguesa fugida das invasões napoleônicas... é um longa metragem que conta a passagem da corte de D. João VI pelo Brasil, uma radiografia do período contado através do dia a dia do cidadão comum da época e sua visão da corte imperial. 

Não é um filme histórico... é a história das pessoas que vivenciaram essa época cujo dia a dia acaba por revelar toda a História. 
Em um único dia quase 15.000 pessoas em 536 naus chegaram no Rio de Janeiro sem nenhum aviso, aumentando a população local em 10%. FOI UM CHOQUE.
 
O encontro de dois universos tão diferentes, varreram os hábitos do Brasil e da Europa, introduzindo para o “mundo civilizado” toda a diversidade e exotismo tropical.
 
Mais do que tudo a narrativa é uma ferramenta para se mergulhar no século XIX, e observar o ambiente da época, seu entorno e personagens, como se fossemos um deles... dessa forma não há sotaque e a linguagem é quase contemporânea.
 
A estrela é a cidade, a arquitetura, as pessoas. A ferramenta principal são os olhos. Através do garoto, vamos percorrer o RIO DE JANEIRO de 1808, como em um mergulho dentro de uma gravura da época.




ARISTIDES

STENIO GARCIA

Aristides – STENIO GARCIA

Comerciante velhaco, interceptador das mercadorias roubadas por Vilaça.
Olhar desconfiado, por baixo das sobrancelhas. Esboça alguns sorrisos marotos debaixo de um semblante duro. Ardiloso, se mostra às vezes inseguro. Um mentiroso. Nunca interfere se estiver levando vantagem. Não é um líder… precisa dos outros… é um “secretário“, mas trai com a maior facilidade.

CONTEXTO SOCIAL

O ano de 1808 marcou a chegada da Corte portuguesa ao Brasil. Mais do que a simples migração da Família Real de Portugal, o processo representou a transferência de parte significativa da estrutura do Estado português. Desde a chegada e estendendo-se pelos 13 anos de presença no Brasil, milhares de portugueses desembarcaram na colônia, entre membros da aristocracia, burocratas e homens de negócios.
Com a burocracia que chegou com D João VI, criou-se um campo fértil para a corrupção e a criação de um setor de serviços inchado e preguiçoso, existente até hoje na nossa cultura.
 
Considerando o aspecto político-administrativo, o Rio de Janeiro se transformou intensamente com a chegada da Corte. Desde a transferência da capital colonial para o Rio de Janeiro (1763), já havia um aumento na presença de uma burocracia de estado na cidade. No entanto, em 1808 que esse processo dispara: a grande quantidade de burocratas vindos de Portugal soma-se aos que já estavam por aqui, levando a um inchaço dessa estrutura. Dessa forma, criou-se um ambiente perfeito para o crescimento uma aristocracia parasitária luso-brasileira. Boa parte dos migrados passaria a viver às custas do Estado, das pensões reais, dos títulos, das ordens militares. A distribuição dessas benesses cabia ao rei, que as usava na medida de seus interesses, construindo assim uma rede baseada na troca de favores. Para muitos, isso ajudaria a entender as bases da corrupção no Brasil. Entretanto, é importante compreender a noção de corrupção dentro do seu contexto histórico. É óbvio que existiram desvios, roubos e abusos de toda espécie. Mas, no caso brasileiro do século XIX, não havia uma separação clara entre o público e o privado.
Tratava-se de um modelo político-institucional da Era Moderna em que o rei, de certa maneira, era o dono do estado. A partir disso, cabe ressaltar o crescimento do aparelho burocrático após a transmigração da Corte portuguesa para o Brasil. Todavia, apesar da ocorrência de desvios sistemáticos do tesouro estatal, é importante compreendê-los como parte de uma concepção de regime e de estado arraigada na mentalidade luso-brasileira baseada na indissociabilidade entre público e privado. Mentalidade essa que ainda hoje deixa traços na sociedade brasileira. visitar site do ator
 

TIMOTEO

LUIS CARLOS VASCONCELOS

Timoteo – LUIS CARLOS VASCONCELOS

Mercador de escravos e latifundiario decadente, o personagem mais poderoso do bairro onde vive. Rosto duro, amargo. Tem uma tristeza que surgiu depois de adulto, acumula insucessos e tem problemas financeiros. Tem remorso. Foi muito bonito e mantem uma confianca de conquistador. É viril e gosta de sexo sua única alegria de fato. No fundo é um bom homem mas é mercador de escravos, herdado do pai. É a elite local, dono de muitas terras. O cabelo lhe cai nos olhos, e ele preguiçosamente não retira.

CONTEXTO SOCIAL

Enquanto a Europa vivia um intenso processo de industrialização e os vizinhos estadunidenses consolidavam-se como a grande potência econômica do continente americano, o Brasil ainda caracterizava-se por um sistema econômico centrado na agroexportação – açúcar, algodão, tabaco, etc. – e extremamente dependente da mão-de-obra escrava africana. A despeito das pressões inglesas em relação ao fim do comércio de escravos, os grandes proprietários de terra da colônia não pareciam se sensibilizar com o discurso humanitário vindo do Velho Continente e insistiam que tal relação de trabalho, adotada desde o século XVI, deveria continuar sendo a base de sustentação da economia brasileira.   Embora a partir do século XVIII, com o advento da atividade mineradora, a urbanização tenha se intensificado na colônia, a estrutura econômica e social baseada no poder dos grandes proprietários de terra, no patriarcalismo e no modelo escravocrata, permaneciam.
Nas lavouras de cana-de-açúcar ou nas plantações de algodão, o trabalho dos escravos era exaustivo e, como se sabe, os castigos corporais aplicados com frequência pelos feitores. O comércio de escravos no Atlântico, ligando Europa – África - América, era bastante lucrativo para os traficantes e empregava centenas de pessoas, entre navegadores, médicos, “intérpretes”, marceneiros, etc. Tal atividade só veio a aumentar com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil, em 1808. Estima-se que de 1808 a 1821 (tempo de permanência de D. João VI na colônia), tenham adentrado por aqui cerca de 200 a 250 mil escravos oriundos do continente africano.
 A oposição “casa-grande X senzala” representava bem a divisão social existente na colônia. Mesmo com o incremento de uma classe média, especialmente nas áreas urbanas, no campo as relações sociais pareciam imunes ao tempo.
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VILAÇA

RICARDO BLAT

Vilaça – RICARDO BLAT

Funcionario da alfandega do Rio, corrupto, vive de desviar mercadorias, em combinação com os ingleses que dominam o serviço aduaneiro. Mau, perverso, racista… vingativo, sarcastico…  mal humorado… as vezes se deixa distrair como se estivesse em outra dimensão de forma aerea… logo se recompoe. Barba por fazer , sujo, coça bastante a barba Anda um pouco arqueado mas é confiante. Ri dos outros, tem prazer no azar alheio.

CONTEXTO SOCIAL
O Brasil do período de Dom João VI, Carlota Joaquina e do personagem Vilaça era marcado pela forte presença inglesa na nossa economia. Isso se deu a partir do contexto europeu da época, no qual o Bloqueio Continental havia sido instituído por Napoleão Bonaparte, ameaçando invadir qualquer país europeu que comercializasse com a Inglaterra. O que se seguiu foi a invasão às terras portuguesas por haverem desrespeitado o bloqueio à sua antiga aliada, o que levou, consequentemente, a vinda da família real para o Brasil, ocorrida em meio aos acordos firmados entre Portugal e Inglaterra na Convenção secreta de Londres de 1807.
Nessa, se estabelecia que os ingleses se comprometeriam a escoltar a família real ao Brasil em troca da garantia da abertura dos portos brasileiros às nações amigas, o que ocorreu assim que Dom João VI pôs os pés em solo brasileiro, ainda na cidade de Salvador. Imediatamente após a abertura dos portos, o país se inundou de produtos britânicos, o que se reforçou ainda mais após a assinatura de outro tratado com a Inglaterra, o de comércio e navegação, de 1810.
 Por este, ficava estabelecido que os produtos ingleses entrariam no Brasil pagando taxas alfandegárias de 15%, valor inferior à taxa cobrada sobre os produtos lusos, de 16%. Vale lembrar que, apesar de não parecer, o Brasil ainda era uma colônia portuguesa. Essa significativa presença de produtos ingleses no país frustrou qualquer esperança de um maior desenvolvimento econômico brasileiro, uma vez que a concorrência com as já estabelecidas manufaturas britânicas a preços baixos dificultava extremamente o surgimento de indústrias no Brasil.
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TRAZIMUNDO ADULTO

Ícaro Silva

Trazimundo adulto – ICARO SILVA

Negro orfão sem origem que vive nas ruas, sobrevivendo de pequenos expedientes. Um sobrevivente… para ter sobrevivido teve que sufocar seus sentimentos . Tem um pouco de dificuldade em se relacionar… os olhos pedem atenção. Energetico, rapido sabe aproveitar as oportunidades.Tem um sorriso sincero e cativante. Fascinado pela corte e pela suposto acesso na ela atraves de Luis Bernardo,o filho do Duque.

CONTEXTO SOCIAL
Pode-se ter certeza que, a partir de 1808, com a transferência da Família Real Portuguesa, o Brasil vivenciou importantes transformações. Em todos os aspectos, o epicentro de tais mudanças foi, sem dúvida, a cidade do Rio de Janeiro que se tornou a capital do Império.                  
Gradativamente, a exótica e tropical cidade foi ganhando ares mais cosmopolitas. Entretanto, os recém-chegados habitantes e visitantes estrangeiros ficavam boquiabertos com algumas peculiaridades. A presença da massa escrava, com certeza, chocava muitos europeus. 
Enriquecida e com nova posição política, a nova capital, passou por um período de grande crescimento e o número de escravos acompanhou essa evolução. Com a chegada de milhares de pessoas a demanda por trabalhadores cresceu e os escravos realizavam toda sorte de atividades. Desde as tarefas mais pesadas até os serviços domésticos, praticamente tudo dependia da presença dos escravos. Porém, de modo geral, a situação do escravo urbano era menos degradante e extenuante se comparada ao trabalho na lavoura.                  
Apesar da estrutura racista e preconceituosa, a sociedade instalada no Brasil, desde o início da colonização, abria algumas brechas para aqueles que, em regra, deveriam ser marginalizados. Alguns negros livres e, principalmente, mulatos conquistavam posições sociais de destaque. José Fernando Carneiro Leão, o amante negro de Carlota Joaquina, foi diretor do Banco do Brasil e nomeado barão e conde de Vila Nova de São José pelo próprio D João.
                 
Nesse período, o governo joanino sofria uma incessante pressão da Inglaterra, seu principal aliado europeu, para que o trafico de africanos fosse extinto. Tal iniciativa britânica estendeu-se por boa parte do século XIX, as investidas iniciais resultaram na assinatura dos Tratados de 1810, primeiro compromisso lusitano para interromper o comércio atlântico de escravos, e culminou na extinção definitiva do tráfico negreiro em 1850, já durante o governo de D Pedro II.
                 
Diversas justificativas são apresentadas para explicar o comportamento diplomático britânico. Dentre as mais difundidas, destaca-se o desejo de incrementar a capacidade de consumo do mercado brasileiro. Além disso, pode-se encontrar quem argumente que razões humanitárias motivavam a pressão sobre o Brasil. Curiosamente, alguns políticos do período assumiram posição a favor da abolição gradual da escravidão no Brasil, o caso mais proeminente é o de José Bonifácio de Andrada e Silva.
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TRAZIMUNDO JOVEM

Miguel de Oliveira

Trazimundo jovem –  MIGUEL OLIVEIRA (criança)

Negro orfão sem origem que vive nas ruas, sobrevivendo de pequenos expedientes. Um sobrevivente… para ter sobrevivido teve que sufocar seus sentimentos . Tem um pouco de dificuldade em se relacionar… os olhos pedem atenção. Energetico, rapido sabe aproveitar as oportunidades.Tem um sorriso sincero e cativante. Fascinado pela corte e pela suposto acesso na ela atraves de Luis Bernardo

CONTEXTO SOCIAL
Pode-se ter certeza que, a partir de 1808, com a transferência da Família Real Portuguesa, o Brasil vivenciou importantes transformações. Em todos os aspectos, o epicentro de tais mudanças foi, sem dúvida, a cidade do Rio de Janeiro que se tornou a capital do Império.                   
Gradativamente, a exótica e tropical cidade foi ganhando ares mais cosmopolitas. Entretanto, os recém-chegados habitantes e visitantes estrangeiros ficavam boquiabertos com algumas peculiaridades. A presença da massa escrava, com certeza, chocava muitos europeus. 
Enriquecida e com nova posição política, a nova capital, passou por um período de grande crescimento e o número de escravos acompanhou essa evolução. Com a chegada de milhares de pessoas a demanda por trabalhadores cresceu e os escravos realizavam toda sorte de atividades. Desde as tarefas mais pesadas até os serviços domésticos, praticamente tudo dependia da presença dos escravos. Porém, de modo geral, a situação do escravo urbano era menos degradante e extenuante se comparada ao trabalho na lavoura.                   
Apesar da estrutura racista e preconceituosa, a sociedade instalada no Brasil, desde o início da colonização, abria algumas brechas para aqueles que, em regra, deveriam ser marginalizados. Alguns negros livres e, principalmente, mulatos conquistavam posições sociais de destaque. José Fernando Carneiro Leão, o amante negro de Carlota Joaquina, foi diretor do Banco do Brasil e nomeado barão e conde de Vila Nova de São José pelo próprio D João.                   
Nesse período, o governo joanino sofria uma incessante pressão da Inglaterra, seu principal aliado europeu, para que o trafico de africanos fosse extinto. Tal iniciativa britânica estendeu-se por boa parte do século XIX, as investidas iniciais resultaram na assinatura dos Tratados de 1810, primeiro compromisso lusitano para interromper o comércio atlântico de escravos, e culminou na extinção definitiva do tráfico negreiro em 1850, já durante o governo de D Pedro II.                   
Diversas justificativas são apresentadas para explicar o comportamento diplomático britânico. Dentre as mais difundidas, destaca-se o desejo de incrementar a capacidade de consumo do mercado brasileiro. Além disso, pode-se encontrar quem argumente que razões humanitárias motivavam a pressão sobre o Brasil. Curiosamente, alguns políticos do período assumiram posição a favor da abolição gradual da escravidão no Brasil, o caso mais proeminente é o de José Bonifácio de Andrada e Silva.
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LAURA LEONOR

Guilhermina Guinle

Laura Leonor – GUILHERMINA GUINLE

Mulher de Timoteo e amante de Liborio. A vida lhe obrigou a ter dupla face. A verdadeira é moralmente impecável, tem grande classe nas atitudes e no falar, voz doce, olhar meigo. Comportamento quase pudico. A face adquirida é sexualizada, lasciva, fruto de uma necessidade de atenção e carinho que não tem de seu marido Timoteo. Nao seria adúltera se não tivesse sido abandonada. No fundo se sente casada com Liborio mas comprometida com Timoteo. 

CONTEXTO SOCIAL

Com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, a cidade e seus habitantes viveram intensamente algumas mudanças. Os espaços de sociabilidade foram ampliados, a cidade ganhou jardins, teatros, biblioteca, Horto Real. Por exigência do príncipe-regente D. João, o espaço interno das casas tornou-se mais visível, substituindo-se as gelosias que protegiam as janelas por vidros importados da Inglaterra. Também as relações sociais transformaram-se, sobretudo para os integrantes da elite que incorporaram os novos hábitos trazidos da Europa.
Em relação à condição das mulheres brancas, seu papel desde o início da colonização esteve associado ao espaço da casa, aos afazeres e cuidados domésticos. Sua educação era voltada para o casamento e as atividades que deveriam desempenhar como mães e esposas: cuidar da casa, dos filhos e comandar os escravos. Aliás, o convívio entre as “sinhás” e a escravaria no espaço doméstico foi intenso: escravos e escravas cozinhavam, limpavam, amamentavam as crianças, ocupavam os espaços da casa dividindo-os com as senhoras. As mucamas tornavam-se confidentes das sinhás, compartilhavam segredos amorosos e conhecimentos variados -sobre ervas e plantas capazes de curar e rezas capazes de conquistar os amados. Não fosse pelas escravas, a presença feminina nas ruas era rara.
A chegada da Corte trouxe novas oportunidades para essas senhoras: frequentar as festas, os bailes, o teatro, adquirir os produtos estrangeiros que chegavam após a abertura dos portos. Ver e serem vistas. Apesar das mudanças, o modelo familiar predominante entre os integrantes da elite colonial continuou a ser a família patriarcal, onde mulher, filhos, escravos e agregados estavam subordinados à figura do patriarca, o chefe da família. O casamento legítimo, realizado perante autoridade religiosa, era um importante instrumento de reconhecimento de direitos e poderes - garantia de herança, status e até mesmo ascensão social. Libertar-se do domínio do marido, realizar suas próprias escolhas, entregar-se aos sentimentos eram atitudes condenadas pela sociedade que esperava submissão e religiosidade das mulheres da elite. Todavia, esse modelo ideal de conduta feminina não era sempre respeitado, muitas mulheres romperam com os padrões: cuidavam dos negócios, controlavam a escravaria, chefiavam famílias e desafiavam seus maridos solicitando até mesmo o divórcio, na maioria das vezes sob alegação de maus tratos. visitar site do ator
 

LIBÓRIO

Emilio Orciollo Netto

Libório – EMILIO ORCIOLLO NETTO

Militar do exercito portugues. Comportado, bom, correto, sem deslizes, limpo e penteado Vai enlouquecer vitima de injustiça. Comandará as massas como um maestro insano de uma opera… quase um astro de rock no palco, com attitudes desconexas e circences. Vai da agua ao vinagre. Manipular a massa é orgasmico. O porque nem importa. Tem um riso de plastico e um olhar desconectado.

CONTEXTO SOCIAL

Desde o final da União Ibérica, em 1640, Portugal associa-se aos interesses ingleses, sejam eles econômicos, políticos ou mesmo militares. Ao longo do século XVIII esteve ao lado da Inglaterra nas principais guerras do continente europeu, como a Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1714) e a Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Desta forma, quando Napoleão Bonaparte impõe o Bloqueio Continental aos europeus em 1806, a situação lusitana é bastante delicada.         
Segundo a tradição, diante de tal dilema, o príncipe regente D. João afirmara que
“quando não se sabe o que fazer, melhor não fazer nada”. Mas, diante da invasão das tropas napoleônicas, este coloca em prática um antigo projeto da Coroa: a transmigração da Corte para sua mais importante colônia, o Brasil. Em Portugal, o lord William Carr Beresford comanda as tropas portuguesas contra os invasores franceses e seus aliados espanhóis.
        
No Rio de Janeiro, a metrópole interiorizada se estruturava: os nobres se apossavam das casas mais suntuosas mediante a colocação das letras “P. R”em suas portas; D. João instalava-se na Quinta da Boa Vista; a Mesa de Consciência e Ordens era instalada no Brasil; e, por fim, eram elaboradas as Reformas Joaninas.
Neste contexto, o Exército é um importante instrumento de reafirmação do poder joanino. Após a chegada da Corte, d. João retalia os franceses invadindo Caiena e, ao sul, ocupa novamente a espanhola Colônia do Sacramento. Paralelamente, a implementação do Hospital Militar, a criação do Arsenal de Guerra e da Casa da Pólvora são importantes no fortalecimento do aparato repressivo, eficaz no controle dos insatisfeitos, assim como na manutenção de uma ordem latifundiária e escravista. Por exemplo, os índios rebeldes botocudos de Campos dos Goytacazes são massacrados.         
Mas a maior ação do Exército ocorreu no nordeste da colônia. Em 1817, os pernambucanos demonstraram insatisfação, principalmente, com o aumento dos impostos para financiar as reformas no sudeste e privilégios concedidos aos comerciantes portugueses. A Revolução Pernambucana de 1817 foi duramente reprimida pelos militares joaninos, garantindo a unidade do território da vasta colônia americana portuguesa. 
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IAINHA

Sheron Menezes

Iainha -  SHERON MENEZZES

Escrava que  alforriada. Disputada por Luis Bernardo e Trazimundo. Cresceu escrava dentro de casa… é um bibelô de Laura Leonor… arrumadinha como uma boneca… feminina , rizonha,  bem humorada… pode ficar triste rapidamente porque é muito sensivel. Bom carater, ficará um pouco martirizada pela dúvida entre Trazimundo e Luis Bernardo… não gosta disso, mas vai agir pelo coracão. De bem com a vida. Depois do choro abre sempre um enorme sorriso.

CONTEXTO SOCIAL

Estudos recentes sobre o passado escravista do Brasil têm evidenciado as formas de resistência e os espaços de luta contra a escravidão. Para a obtenção da liberdade era necessária a conquista da carta de alforria, um documento assinado pelo proprietário no qual este abdicava seus direitos sobre o escravo. Na prática, a condição de liberto não era plenamente garantido por esse documento. O alforriado, chamado de negro forro, deveria ser obediente ao seu dono até a morte desse, podendo ter sua liberdade retirada caso fosse acusado de “ingratidão” ou de outros tipos de injúrias. A alforria poderia ser obtida gratuitamente, por exemplo, através de um testamento no qual um senhor libertava seu escravo como sua última vontade ou por meio de um pagamento. Contudo, é necessário ressaltar que, obtendo o escravo a quantia equivalente ao seu valor, o senhor não estava obrigado a concedê-la.            
Há uma certa tendência em considerar os escravos urbanos e os das zonas mineradoras mais passíveis a alforria dos que os das áreas rurais. Isso se deve a esses escravos poderem trabalhar “ao ganho”, realizando serviços na cidade em troca de um pagamento e, em certos casos, desenvolvendo qualificação profissional. Esses escravos tinham a possibilidade de trabalhar por conta própria, entregando uma parte de seu ganho ao seu dono e tendo a oportunidade de acumular pecúlio.
            
Entre os historiadores, há praticamente um consenso de que a mulher, no acesso à alforria, foi mais privilegiada do que o homem. Alguns fatores explicam esse fato, como por exemplo, a mulher possuir um preço inferior ao do homem, o que facilitava o pagamento, e a sua maior possibilidade de estabelecer laços afetivos com seus senhores. Apesar da pobreza ter sido um traço predominante entre homens e mulheres forras, o trabalho da historiadora Sheila Faria de Castro aponta para a existência de uma elite negra colonial. Seu estudo aborda, através de inventários e testamentos, exemplos de negras forras que conseguiram enriquecer, principalmente por meio do comércio, e que tornaram-se proprietárias de escravos.
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EUSTAQUIO

Roberto Bonfim

Eustaquio – ROBERTO BONFIM

Cocheiro que transporta tanto pobres quanto ricos. Conhece as duas realidades por conviver com as duas classes. Contido mas alegre no fundo. Um homem forte e muito bom, porem entende a malicia da vida. Ouve tudo e sendo cocheiro trafega entre nobres ricos e pobres. Tem um humor (que nunca mostra) escondido pelo semblante forte. Mistura-se com facilidade. APESAR DE MUITO afetivo nao consegue exteriorizar. É o maior entendedor de todo o contexto local. Sorri levemente transmitindo confianca e generosidade

CONTEXTO SOCIAL

Pensar nas relações sociais no século XIX significa, necessariamente, pensar na figura dos caixeiros-viajantes e dos mascates. Esses profissionais, além de levarem produtos às mais distantes regiões da colônia, eram responsáveis também pela mínima integração existente naquela época; traziam mercadorias, notíciais, cartas e encomendas. Em uma época em que o comércio ainda estava concentrado nas cidades e na qual o transporte apresentava-se bastante precário – as viagens eram longas, perigosas e cansativas - suas atividades foram fundamentais para o desenvolvimento do interior, a partir do incremento do comércio, do mercado interno e, em certa medida, da urbanização.   A profissão de caixeiro-viajante não exigia grandes investimentos iniciais – em geral eles trabalhavam para os produtores, levando as mercadorias para outras regiões – e trazia consigo uma certa “mística”: eram identificados como pessoas de grande espírito aventureiro, despreendidas e difusoras de novidades. Ademais, estavam sempre em contato com a população colonial, dos mais abastados aos mais simples, o que lhes possibilitava um olhar único sobre a sociedade da época. visitar site do ator
 

MATILDA

Debora Nascimento

Matilda – DEBORA NASCIMENTO

Servente da taberna do bairro. Uma aproveitadora. Usa sua beleza e o sexo para progredir na vida. Muito alegre e de bem com a vida. Beija de olhos abertos, não pode perder nada. Não tem compromisso com ninguem, só consigo mesma. Irresponsavel… usa o corpo para chamar toda a atenção para si. Expoe-se o tempo todo. Uma chantagista e estrategista. Muda de comportamento rapidamente de acordo com seus objetivos.

CONTEXTO SOCIAL

As Mulheres no Brasil colonial, ao contrário do que se pensava, elaboraram, ao longo do tempo, diversas formas  de driblar à dominação masculina. Apesar  da miséria da vida feminina, com  maus tratos e inferiorizações, estas possuíram poderes informais e estratégias, agindo por trás do ficcional poder masculino, articulando a subordinação e a resistência. O uso do corpo para atingir seus objetivos esteve presente em diversas situações, desde a senhora do engenho até a escrava, dois polos aparentemente distanciados. Ainda que se insistisse no discurso moralizador sobre o uso dos corpos das mulheres coloniais, tanto a família quanto a Igreja não foram capazes de abafar completamente a sexualidade feminina que  foi capaz de abalar a ordem de ambientes civis e eclesiásticos. Era muito difícil conter essa situação o que se comprova a partir dos altos índices de abandono de crianças em rodas dos expostos. Embora sempre tenhamos sido bombardeados por discursos que insistiam em nos mostrar a figura feminina pacata e ordeira, estudos mais recentes demonstram não só a participação das mulheres em diversos ofícios considerados masculinos, mas também em atos de violência e transgressão civil. visitar site do ator
 

LUIS BERNARDO

Miguel Thiré

Luis Bernardo – MIGUEL THIRE

Filho do Duque de Alva e primeiro amigo de Trazimundo. Um boa pessoa, mas preso a arrogancia de sua origem e educacão. Competitivo. Vai ficar prisioneiro de uma mentira inocente. Fascinado pela liberdade e pelo novo mundo que é de “propriedade” de Trazimundo. Ao crescer fica cada vez mais aristocrata.

CONTEXTO SOCIAL

A sociedade portuguesa, ainda no século XIX, era caracterizada por seus traços estamentais, profundamente hierarquizada, social e juridicamente. No Primeiro Estado, estavam o clero; no Segundo Estado, a nobreza e no Terceiro Estado, o restante da população – burguesia, camponeses e trabalhadores urbanos. As distinções sociais eram feitas de diferentes maneiras. Em primeiro lugar, a questão do sangue defendia que somente possuíam sangue puro aqueles que não possuíssem “manchas religiosas ou raciais”. Logo, o indivíduo deveria ser obrigatoriamente branco e católico. Tal fator era tão importante que a prova da pureza de sangue, em Portugal, era exigida para o ingresso em cargos públicos, para receber títulos honoríficos, frequentar colégios religiosos e ser aceito nas Ordens Sacras. Em segundo lugar, estava a visão negativa diante do trabalho manual, visto como um defeito mecânico. Estas características da relação social foram transpostas da metrópole para a sua colônia, de modo que no Brasil tais distinções também eram valorizadas. Contudo, devido à ênfase na hierarquia baseada no escravismo, a cor era um obstáculo à mobilidade social, de modo que a ascensão social de escravos, forros e seus descendentes não representava uma transposição de um estamento a outro, mas uma ascensão social no interior do grupo social ao qual pertencia. visitar site do ator
 

BRADLOCK

Ricardo Petraglia

Bradlock – RICARDO PETRAGLIA

Um marinheiro ingles que abandonou o navio para morar no Brasil. Tem humor negro. Ansioso curioso. Se mete em tudo, preocupa-se com os outros um pouco bonachão. E um fora da lei por oportunidade, nao por convicção. Otima pessoa.

CONTEXTO SOCIAL

A transferência da Corte para o Brasil, em 1808, além de selar a aliança entre Portugal e Inglaterra, representou também a aproximação entre os ingleses e o Brasil. Na prática, marcou o início de uma ligação política e econômica que se estenderia após a independência em 1822. Ao proteger os portugueses no caminho para a América, a Coroa inglesa tinha interesse na garantia de privilégios no Brasil. Com a chegada, Dom João decreta a Abertura dos Portos às Nações Amigas, 1808. Dois anos depois, em 1810, Portugal e Inglaterra assinam os Tratados de Aliança e Amizade e Comércio e Navegação. Criava-se, definitivamente, um ambiente muito propício para a expansão da economia inglesa. Além disso, os Tratados de 1810 garantiam também certos privilégios para os cidadãos ingleses no Brasil, como a prerrogativa de ser julgado apenas por tribunais ingleses, por exemplo. Dessa forma, havia uma liberdade grande para ações desses estrangeiros no território brasileiro, deixando aberta a possibilidade de envolvimento em jogadas locais e pequenos golpes. visitar site do ator
 

PEDRO AMÉRICO

Oswaldo Mills

Pedro Américo – OSVALDO MILLS

Capitão do exército portugues. Excelente militar… duro, sujo, insensivel, o dever acima de tudo, cruel se não se considerar que esta apenas cumprindo a cartilha. O mundo é a caserna.

CONTEXTO SOCIAL

Apesar do exército português não ter enfrentado o exército francês, devido à transferência Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, os portugueses tiveram que lidar com conflitos locais ocasionados pela própria transferência. A instalação da Corte no Rio de Janeiro provocou o fenômeno da “interiorização da metrópole”, já que o novo império português, fundido por estadistas como Dom Rodrigo Coutinho, foi organizado e consolidado por meio da centralização política em torno do Rio de Janeiro através de homens como Caxias, Bernardo de Vasconcelos, Visconde do Uruguai e Marquês de Paraná. Nesse sentido, observa-se uma continuidade da estrutura política e administrativa, visto que para as províncias do Norte e do Nordeste, dirigir-se ao Rio de Janeiro era o mesmo que dispor-se a Lisboa. Além da insatisfação gerada pelo fato do Rio explorar as outras “colônias” do continente, a falta de unidade territorial e o descuido do governo com a questão da miséria e da seca acabou por aguçar conflitos da Bahia para o Norte, como a Revolução Pernambucana de 1817 que denunciou a política da Corte no Rio de Janeiro de transformar-se em uma nova metrópole em relação às demais províncias, revelando as tensões que já dividiam o Brasil, assim como a adesão de províncias do território brasileiro à causa da Revolução do Porto.
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DUQUE DE ALVA

Sergio Mamberti

Duque de Alva – SERGIO MAMBERTI

 Um nobre totalmente fora da realidade. Fruto da corte. Chega com D. João e acha que ainda vive em Lisboa.

CONTEXTO SOCIAL
 
Com a chegada da família real de Bragança ao Brasil vieram também milhares de nobres portugueses, que se instalaram na cidade do Rio de Janeiro, a partir de março de 1808. Era a primeira vez na história que um soberano português deixava a Europa para se instalar numa colônia. O deslocamento do monarca não poderia ser concebido sem o acompanhamento de nobres e clérigos, elementos fundamentais na manutenção de uma monarquia absolutista. E esses personagens deveriam dispor de objetos simbólicos que representassem seu status, como louças, joias e móveis. Ainda que D. João VI tenha procurado fazer do Rio de Janeiro uma cidade digna de uma corte europeia, estimulando as artes, criando teatros, como o Teatro São João, buscando instalações para a famosa Biblioteca Real, interferindo na arquitetura da cidade, era preciso adaptar-se à nova vida na cidade do Rio de Janeiro. A reação dos nobres variou do encantamento pela exuberante natureza ao total estranhamento. A presença de um grande número de escravos pelas ruas, o burburinho da turba, as calçadas irregulares, ou inexistentes, o chão de terra batida, o calor dos trópicos... Características que revelavam que a nova capital do Reino de Portugal era muito diferente da elegante Lisboa. Alguns nobres resistiram em se adaptar à nova realidade, imaginando estar ainda em Portugal, e insistindo em encontrar aqui os confortos e hábitos europeus. O título de nobreza será um elemento diferenciador desses “amigos do rei”, que em todas as oportunidades aproveitarão para se valer desse prestígio e diminuir os brasileiros. As saudades de Lisboa, cidade abandonada pelo monarca e que viverá certo ostracismo durante a permanência da Corte no Brasil, e o desejo de retorno por parte de alguns nobres reforçará o desprezo pelo Rio de Janeiro e seus habitantes.
 As diferenças entre Brasil e Portugal eram imensas, e a adaptação dos portugueses foi um pouco complicada, a começar pelo clima que exigia trajes mais leves do que aqueles que eles estavam acostumados. Sem contar que para eles era bastante esquisito ver indígenas e negros pelas ruas com poucas roupas. Sentiam falta da vida social e cultural com a qual estavam acostumados.    Os nobres se instalaram nas melhores residências que existiam na cidade, o que causou certa insatisfação em parte da população brasileira, pois a parte da população se sentia honrada em ceder sua residência a um nobre português.   Os nobres portugueses eram em sua maioria, autoritários, perdulários e, não tratavam muito bem a população nativa.    Graças à chegada da Família Real e a Corte Portuguesa, a cidade do Rio de Janeiro sofreu inúmeras melhorias que transformaram a estrutura administrativa do governo com a nomeação de ministros; as construções passaram a seguir padrões europeus.  
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